DEPOIMENTOS

O que estão dizendo sobre o livro ?

Manoel Onofre Jr.

Roberto da Silva tem se firmado, nos últimos anos, como um dos mais abalizados pesquisadores norte-rio-grandenses nas áreas da Biografia e dos Estudos Literários. Sua curiosidade intelectual é algo, realmente, impressionante. Em plena maturidade, já publicou vários livros, todos bem recebidos pela crítica e pelo público. Escritor criterioso, por vezes detalhista, jamais se contenta com uma visão geral do objeto de estudo; desce às minúcias no afã de conseguir o seu objetivo. Perfeccionista.

Dentre as suas inclinações intelectuais nota-se, de modo especial, o apego a tudo que é da França. Roberto da Silva ama, como poucos, a pátria de Montaigne, de Saint-Exupéry e tantos outros ícones. E disso acaba de nos dar provas, mais uma vez, com o livro Jean Mermoz, biografia do célebre aviador francês, cujo nome está ligado por diversos laços à história da cidade do Natal. A edição, muito bem cuidada, leva o selo do Sebo Vermelho, com patrocínio da Embaixada da França no Brasil.

Jean Mermoz (1901-1936) tem seu lugar no panteão imaginário dos heróis pioneiros da aviação. Entre outros feitos notáveis, realizou a travessia do Atlântico Sul, sem escalas, de Saint-Louis do Senegal a Natal. Na flor da idade, desapareceu no mar, à altura de Dakar, a bordo do hidroavião Croix-du-Sud.

O escritor Edgar Barbosa, em seu livro Imagens do tempo (1966), definiu-o com palavras lapidares:

“Mermoz e seus camaradas fizeram exatamente o milagre de convencer a todos que a aviação transatlântica era praticável com absoluta regularidade de linhas e horários. E o fizeram com desprendimento, ânimo viril, grandeza de espírito. Não é só a França que lhe deve a glória dessa arrancada que foi, no plano do espaço, igual ao ciclo dos navegadores quatrocentistas, à viagem de Magalhães ou ao mergulho de Colombo no desconhecido.”

Roberto da Silva escavaca a vida e os feitos do aeronauta, não se detendo apenas em suas façanhas aéreas, mas, também, enfocando aspectos pouco conhecidos, como por exemplo, o Mermoz político. Em suma, um retrato em corpo inteiro – a que não faltam, é claro, revelações sobre a personalidade e a vida íntima –, retrato este traçado ao longo de nada menos de 724 páginas. Vale ressaltar que, entre outras fontes, o autor baseou-se em biografias francesas sobre o herói, notadamente a de Joseph Kessel, e nas cartas do próprio Mermoz à sua mãe e aos avós. Enriquece o livro o prefácio de autoria do jornalista Vicente Serejo. 

Carlos Roberto de Miranda Gomes

Após uma jornada demorada – são 724 páginas –, mas prazerosa, terminei de ler o livro de Roberto da Silva sobre a saga do extraordinário piloto Jean Mermoz.

O conteúdo do trabalho foi para mim uma sucessão de revelações de uma época gloriosa da aviação e seus pilotos, criaturas dedicadas ao engenho das máquinas de voar e, particularmente, com um objetivo inalterável – conduzir a qualquer custo o correio aéreo, como quem conduz uma arca sagrada.

Em relação a Jean Mermoz, foi indiscutivelmente o maior deles, pela coragem, competência, desapego com as coisas materiais, com a fama e uma disposição inarredável de valorizar a classe e enaltecer a aviação da França.

O livro traz narrativas históricas e heroicas do maior relevo, como o capítulo da primeira viagem transatlântica de Mermoz, tendo como acompanhantes Dabry e Gimié, no hidroavião Laté 28.3 Comte de La Vaulx, em voo direto – do Senegal ao Brasil –, com partida no dia 12 de maio de 1930, pelas 10h 48m, onde uma multidão se aglomerava em Saint Louis, na margem do rio Senegal. Eram 7h 20min do dia 13 de maio de 1930, e o rio Potengi, em Natal, recebia os bravos ases recordistas.

Em toda a sequência do livro, são descortinados episódios emocionantes, que demonstram o respeito e a dignidade de Mermoz pela criatura humana, sem medir esforços e com o risco de perder a vida, como o resgate dos restos mortais de companheiros sinistrados, ou numa cadeia de montanhas, onde não existia campo de pouso, mas apenas alguma clareira encontrada ao acaso, ou no deserto, e de lá, após o recolhimento dos despojos, partir de forma incrível, representando uma coragem e um desprendimento inavaliáveis, próprio dos heróis.

Posso avaliar que Roberto da Silva, na sua simplicidade – até exagerada –, escreveu uma obra definitiva sobre Jean Mermoz, que deverá encantar os leitores contemporâneos e emocionar aqueles que estão longe daquela época de ouro de homens e máquinas de voar, quase todas experimentais.

Fiquei gratificado em poder aumentar os meus conhecimentos sobre o assunto, principalmente pela evidência de Natal nesse contexto histórico.

O detalhamento da vida do Mermoz, suas andanças, seus amigos, seus encontros, deixam transparecer que, apesar da grande amizade com Saint-Exupéry, não indica qualquer possibilidade da passagem deste por Natal. Contudo, bem que esse mistério poderia ter continuidade em nova pesquisa do nosso pesquisador, cuja palavra merece integral respeito.

Roberto da Silva escreveu uma obra que imortaliza qualquer escritor.

Ana Zélia Moreira

É prazeroso mergulhar na biografia do mais célebre personagem da aviação francesa. Jean Mermoz, de autoria do norte-rio-grandense Roberto Silva, é uma produção inédita em língua portuguesa que consubstancia a história de vida do pioneiro, herói e mártir, tecendo uma narrativa sobre memória individual e coletiva tanto desse personagem quanto da aviação comercial mundial, incluindo como cenário o Brasil e a capital do Rio Grande do Norte, a cidade de Natal. 

O historiador francês Jacques Le Goff, em sua obra sobre História e Memória, trata a relação entre monumentos e documentos; onde aqueles serão herança do passado e estes escolha do historiador. Considerando que este dispõe de habilidade de extrair dos documentos “tudo o que eles contêm e em não lhes acrescentar nada do que ele não contém. O melhor historiador é aquele que se mantem o mais próximo possível dos textos”. (Le Goff, 2003, p. 527 ). Quanto a monumentos assumem como característica o ligar-se ao poder de perpetuação, voluntária ou involuntária, das sociedades históricas (é um legado à memória coletiva).

Nesse sentido, com rigor cientifico e compromisso profissional, Roberto da Silva nos presenteou com a obra Jean Mermoz – um documento/monumento.

Marco Aurélio Ortega Terra 

Foi com muita satisfação que li a densa biografia Jean Mermoz.

Eu já tinha uma boa ideia da vida do extraordinário piloto francês, porquanto tive o privilégio e a honra de escutar alguns episódios espetaculares de sua vida, contados pelo próprio autor do livro, enquanto ele desenvolvia sua pesquisa.

Experimentei a sensação de ser um íntimo de Jean Mermoz dada a riqueza de detalhes sobre a vida pessoal e sobre as façanhas d’O Arcanjo. O estilo gracioso e equilibrado me encantou durante toda a leitura e faço votos que todos os leitores do Jean Mermoz por Roberto da Silva tenham o mesmo prazer e enriquecimento pessoal que experimentei.

François Weigel

Mermoz ainda não tinha sido o protagonista de uma obra escrita por um brasileiro. Roberto da Silva, intelectual que teve a oportunidade, quando era mais jovem, de conviver com Câmara Cascudo, supriu a lacuna. Realizado a partir de um leque amplo de leituras e fruto de um minucioso trabalho de pesquisa – Roberto da Silva confrontou as fontes e tenta esclarecer algumas dúvidas historiográficas, dando também elementos contextuais em notas de rodapé e no índice de nomes próprios que encerra o livro –, seu relato, na mesma linha que o texto escrito por Joseph Kessel, se interessa antes de tudo por Mermoz como homem, por suas aspirações, as peripécias de sua carreira, seus sucessos assim como seus fracassos e hesitações.

Para se aproximar de Mermoz em sua intimidade, Roberto da Silva se apoiou sobre um gênero escrito que sempre foi central em sua obra: as cartas. De fato, esse autor potiguar é conhecido por ter organizado livros de correspondência entre Câmara Cascudo e o escritor e jurista João Lyra Filho ou ainda Bernard Alléguède, ex-Diretor da Aliança Francesa de Natal, que traduziu para o francês Contos tradicionais do Brasil. Seu diálogo com Alléguède, precisamente, lhe permitiu ter acesso às cartas recebidas pelo fran- cês e mandadas por pioneiros da Aéropostale, nos anos 1970. Mais tarde, também descobriu a correspondência de Mermoz e, na sua biografia, ele cita abundantemente algumas dessas cartas, dando forma e vida a Mermoz, mostrado como amante, amigo e, por fim, filho da Gabrielle, carinhosamente chamada como Mangaby – um apelido que Roberto da Silva, num envolvimento quase amoroso com seu herói, resolveu reproduzir do início até o fim de seu relato.

A outra grande fonte de inspiração do Jean Mermoz de Roberto da Silva é, indubitavelmente, o Mermoz de Kessel, a filiação sendo sugerida pelos próprios títulos. Além das citações diretas de seu predecessor, o autor brasileiro reencontra muitas vezes o tom de Kessel, seus efeitos de dramatização e fórmulas chamativas na hora de contar os grandes perigos enfrentados por Mermoz ou os momentos mais solenes, tal qual esse primeiro encontro, em Cap-Juby, entre “o maior poeta da aviação” e “o mais belo cavaleiro do céu” – Saint-Exupéry e Mermoz. Não se trata de uma imitação servil, mas, por algumas alusões, de uma reapropriação de um modelo a quem Roberto da Silva presta homenagem, enriquecendo também o relato de outras referências e fundando todas essas influências num português ágil e elegante, marcado pela presença discreta do narrador, que ora narra diretamente os fatos, ora ilumina os bastidores políticos da aviação francesa.

Em todo caso, há nesses dois relatos um desejo de encarnar o personagem epônimo, de fazer um retrato em movimento, ora com tonalidade admirativa, ora em um modo menor, buscando não mais desenhar os contornos da lenda Mermoz, mas querendo penetrar na alma do personagem e amigo – e acreditamos poder dizer que Roberto da Silva, embora não tenha conhecido Mermoz, também chegou a ser, por uma atitude empática, seu “amigo”. Até poderíamos criticar uma falta de distanciamento em relação aos posicionamentos de Mermoz, em particular na política, onde, segundo Roberto da Silva, o piloto é desculpado por uma forma de ingenuidade em “perseguir o mesmo sonho na tribuna e sobre o Oceano” porém, ao mesmo tempo, essa empatia permite ao autor cavar mais fundo nos sentimentos de um herói cuja “melancolia natural tornou-se uma espécie de luminosa tristeza”, à medida que se acumulavam as decisões administrativas levando ao declínio da aviação francesa.

Retomando os termos do crítico João Cezar de Castro Rocha, diríamos que Roberto da Silva imita e “emula” Kessel, ou seja, reutiliza procedimentos linguísticos e esquemas narrativos para melhor esboçar seus próprios traços inventivos. Essa inventividade se manifesta em particular no início do relato, por uma inversão da cronologia dos fatos. A ligação recebida por Gabrielle Mermoz, algumas horas antes do último voo de seu filho, abre o relato: “Vão matar seu filho!” A prolepse que antecipa o drama, o ponto de vista interno que permite mergulhar nos pensamentos de uma mãe extremamente preocupada, a repetição da mesma frase de ameaça, o close sobre a troca de olhares entre o piloto e sua mãe. Eis uma introdução digna de um thriller, anunciando um dos fios importantes da biografia, que vai ser puxado nos últimos capítulos: as interrogações em torno da morte de Mermoz.

Pois nesse ponto Roberto da Silva não hesita em evocar escândalos do Estado francês, apoiando-se no texto de François Gerber, cujo título interrogativo, Quem matou Mermoz?, descarta diretamente a ideia de um acidente que aconteceu por acaso.

Essa biografia vai, portanto, muito além do Mermoz “brasileiro” e recentra o homem em suas circunstâncias familiais e históricas.

Na sua “Advertência”, Roberto da Silva explica que o objetivo de seu livro é “trazer aos olhos contemporâneos, sobretudo aos mais jovens, a vida de um herói francês que tem sua história ligada ao Brasil e, particularmente, à Cidade do Natal”. Não precisa explicitar longamente esse vínculo entre o personagem e a cidade, talvez menos evocada em seu livro do que na biografia escrita por Kessel. Mas, por uma investigação subjetiva que se desloca entre as linhas das correspondências e dos depoimentos sobre o biografado, Roberto da Silva realizou um esforço de interpretação e de imaginação para tentar entender as buscas e os desvios de seu herói. Assim, concordamos plenamente com a apreciação do jornalista e intelectual Vicente Serejo, autor do “Prefácio”, que lê esse Jean Mermoz à luz das observações de François Dosse sobre a “aposta biográfica”: liberando o personagem de uma dimensão estritamente fatual, Roberto da Silva “entrega a vida [de Mermoz] viva e pulsante ao leitor”.

Ele reinventa Mermoz para tentar nos fazer apreender o “futuro do passado”, restituindo o sonho da aviação nesses tempos pioneiros e talvez até o sonho de boa parte do século XX, nos diria o escritor Philippe Forest.

Ora, esse sonho transatlântico, para Mermoz e nos relatos literários sobre esse personagem histórico, se cumpriu tomando os contornos de Natal, meta última. Kessel conta assim que, após um jantar em Saint-Tropez, Mermoz, deslumbrado por um clarão do pôr-de-sol, repentinamente exclamou: “O Farol de Natal! Olhe!”

Roberto da Silva, é claro, relembra essa miragem que enganou Mermoz, e na sua interpretação é “como se um fio o ligasse a Natal”…

Vicente Serejo

[…]

Aqui não está um relato cronológico e biográfico de fatos e datas, linear e ordenado de cada episódio. Há um rigor de informações, lastro de qualquer história bem contada, mas as circunstâncias enriquecedoras levam à compreensão de Jean Mermoz na aventura, nos fracassos, no triunfo e na morte. Ritos de passagem que tecem, fio a fio, a tessitura da força que um dia nasceu quando o irreal venceu o real e fez nascer o mito.

Esta é a maior e mais rica narrativa de uma vida já erguida na história intelectual do Rio Grande do Norte, ombreada aos grandes textos brasileiros, com extensão, densidade e profundidade incomparáveis. Foi a todas as fontes, trilhou todas as biografias franceses, leu, registrou, coligiu e confrontou. Mapeamento de observações e anotações garantidoras do espaço das versões e detalhadas com apuro a cada conflito, quando se completam ou se contrapõem. Aqui está o homem, com toda sua carga de sonhos, aventuras, ambições, mas também fracassos e desesperos na sua imensa solidão de visionário que tentou alçar voo levado pela força de viver à frente do seu tempo e dos próprios sonhos.

Este livro é uma construção de grande pesquisador. De quem sabe a alquimia da argamassa, o prumo da alvenaria e a arquitetura da narrativa. Feito com a pedra e a cal da vida real, mas também com o engenho e a arte dos sonhos. Roberto da Silva liberta Mermoz do mármore frio da memória estática e finita, remove o azinhavre do bronze que forja o herói, e liberta o mito. Aqui não está a história de um morto. Está aqui a vida de um homem que voava e um dia encantou-se nas águas do mar e desse encantamento fez nascer sua própria e viva eternidade. Os mitos não cabem em mausoléus ou monumentos, mesmo quando grandes e belos. Eles renascem da transcendência e por isso vão além do apenas real.

Aqui está uma história de vida. […]

A rigor, Mermoz é personagem de uma literatura que tem o tamanho do mundo. Do mundo distante e do mundo de perto. É íntimo, se o queremos íntimo. Estranho, se não desejamos tê-lo. Mas é de todos, se estamos diante daquela visão de Goethe, já antes do meado dos mil oitocentos, quando afirmou que toda literatura seria universal um dia.

[…]

É preciso apaixonar-se para compreender uma vida também nas suas miudezas. […] Ao historiador, não cabe lavar a vida. Limpá-la das impurezas. Seria uma forma imperfeita de compreendê-la. Deve contá-la completa, suja dos mistérios, sombras e lendas, para só entregá-la viva e pulsante ao leitor.

Este foi o grande salto de Roberto da Silva ao escrever a história Jean Mermoz, como quem busca soprar vida sobre o homem, o herói e o mito.

Uma história que supera a própria morte, quando Mermoz fazia mais uma travessia do Atlântico e despareceu nas águas do Atlântico a caminho de Natal. Contraditoriamente, na morte os homens desaparecem na finitude material e deles nascem os mitos. E os mitos não cabem nos mausoléus. Mermoz é um mito que será descoberto e redescoberto a cada nova leitura. E começa aqui, neste monumento feito das palavras de Roberto da Silva.

 […]

Jean Mermoz está aqui.

Que o leitor possa viver cada instante e compreender a história de uma vida tecida entre o real e o tangível. Mais do que seu triunfo como piloto, ou seu destemor como herói, aqui está sua vida, moldada nas afeições e desafeições dessa magia que é viver.

livro escritora

Lívia Soares

Escritora e Poetisa

O que estão dizendo sobre o livro ?

Jean Mermoz, de Roberto da Silva, é uma leitura apaixonante. A escrita de Roberto adere elegantemente ao estilo de vida do seu biografado e o que daí emerge é o retrato vigoroso de um homem extraordinário, um desbravador cuja história de vida se confunde com a própria história da aviação em seus primórdios. Trata-se de uma biografia que se lê como um romance de aventura, em ritmo eletrizante, sem, contudo, deixar de perceber a pesquisa histórica, a base sólida sobre a qual evolui o tapete mágico que foi a existência de Mermoz.

Arrebatado, o leitor segue por essas 724 páginas, pasmando para a coragem, a lealdade e a tenacidade de Jean Mermoz e seus companheiros de linha. Profundamente humana, a trajetória do piloto ilumina, inspira, emociona e faz pensar. Guiado por Roberto da Silva, o leitor segue Mermoz de perto, em espírito, e o mais incrível é o fato de que tudo aquilo aconteceu! Em pleno século XX, que cultuava o anti-herói.  Bem, faltou combinar com um herói de verdade.

Rizolete Fernandes

Ensaísta, Poetisa e Cronista

Rizolete Fernandes é graduada em Ciências Sociais, aposentada do serviço público. Ensaísta, poetisa e cronista. Autora de Luas nuas, Vento da tarde, Tecelãs e Frutar entre outros livros. Textos seus foram publicados em diversas antologias.

O que estão dizendo sobre o livro ?

O livro Jean Mermoz é a história do precursor da aviação francesa, que o intitula.

Nele, o escritor Roberto da Silva se baseia em vasta documentação para nos contar o dia-a-dia de seus feitos profissionais, enriquecendo-os com informações sobre a vida particular do pioneiro.

É o menino pobre do interior da França que se torna aviador e desde o início desafia o medo e a morte para salvar vidas nos desertos africanos, encontrar a rota sobre os temíveis Andes e atravessar o Atlântico rumo à América do Sul, onde pousa seus hidroaviões.

Aqui, em pouco tempo será ídolo – antes de sê-lo em seu próprio país. Finda a leitura da obra, eis-nos íntimos de um homem ousado, idealista, obstinado e tão simples quanto grandioso, como soem ser os heróis.

Livro para ficar na memória.

jean mermoz

Carmen Vasconcelos

Advogada e Escritora

O que estão dizendo sobre o livro ?

As muitas vidas experimentadas na curta vida de Jean Mermoz são contadas com maestria por Roberto da Silva na biografia Jean Mermoz, numa escrita que evoca imagens nítidas das aventuras do piloto francês que inaugurou possibilidades de voos transatlânticos a partir do transporte postal, atravessando o oceano algumas vezes, inclusive numa travessia direta do Senegal ao Brasil que colocou Natal, no Rio Grande do Norte, onde pousou naquela ocasião, definitivamente na história das travessias aéreas.

O livro de Roberto, primeira biografia do piloto escrita por um brasileiro, nos traz novamente à luz a memória de Jean Mermoz, numa homenagem tão justa quanto profunda, em que o autor empreendeu longos e demorados voos por tudo o que até então se dissera sobre a vida e a morte do francês, repetindo na literatura o pioneirismo que seu biografado cravou nos ares.

Jean Mermoz, de Roberto da Silva, consolida-se como uma obra fundamental para que conheçamos não somente a vida do piloto, mas também histórias de vanguarda dos primórdios da aviação, pois as travessias aéreas para transportes postais também apontaram rotas para outros tipos de experimentações de caminhos pelos céus.  

Dos desertos africanos ao litoral sul-americano, Jean Mermoz escreveu seu nome na vanguarda da aviação mundial. Ou melhor, escreveu ele mesmo, porque narrou de próprio punho algumas de suas aventuras. Mas também seu nome foi escrito por outros, historiadores e biógrafos que honraram seus feitos. E entre eles, um nome de destaque surge com essa recente biografia: o potiguar Roberto da Silva, que nos orgulha com um trabalho de grande força literária e pesquisa criteriosa.

Tenho para mim que o piloto francês iria gostar de ler sua vida contada por Roberto da Silva. E talvez gostasse de uma produção cinematográfica produzida a partir desse livro. Mas aí já é outro sonho cruzando os ares.

Marlene Manso

Professora e Crítica Cinematográfica

O que estão dizendo sobre o livro ?

Sou grata a Roberto da Silva por ter me apresentado a Jean Mermoz, através de um livro fascinante.


A dinâmica da narrativa é uma viagem em si, com surpreendentes idas e vindas, alternando vôos tranquilos com inesperadas turbulências e aterrissagens forçadas.


No ar ou no chão, Jean Mermoz encanta por sua personalidade complexa: ora sensível e doce; ora arrojada e firme, norteada por uma inflexível determinação. Ou teimosia. Ou coerência. Ou saudável loucura.


Roberto da Silva sabe … e conta.

Marcos Abreu

Comandante linha aérea

Marcos Eugênio de Abreu é comandante e piloto de Linha Aérea com mais de 15.000 horas de voo.

O que estão dizendo sobre o livro ?

Após a leitura de Jean Mermoz, permito-me inserir um subtítulo nesse livro: A biografia do icônico aviador francês.

É assim que materializo as emoções advindas dessa prazerosa narrativa sobre a trajetória do aviador Jean Mermoz, ligada aos primórdios da Aviação comercial na França e na América do Sul.

Fruto de uma pesquisa notável do professor e pesquisador Roberto da Silva, esse excelente livro é um resgate da maior relevância para a história da aviação brasileira e também sul-americana, protagonizada por destemidos e corajosos aviadores e personalidades francesas, destacando-se, merecidamente, Jean Mermoz.

O autor oferece detalhes da vida breve, porém intensa, desse personagem da maior grandeza. Uma vida repleta de singulares momentos de superação para manter viva a chama dos ideais da Linha. Leitura imperdível.

Joselita Rego

Cirurgiã dentista aposentada.

Cirurgiã dentista aposentada. Exerceu sua profissão em clínica particular, empresa privada e no serviço público municipal em Natal.

O que estão dizendo sobre o livro ?

Que leitura envolvente!

Somos transportados com leveza à época em que viveu e atuou esse extraordinário aviador. E estamos lendo sobre acontecimentos reais, uma história de vida descrita com nitidez e riqueza de detalhes, façanhas tão fascinantes que nos embalam, nos arrebatam do começo ao fim.


Jean Mermoz é uma obra literária perfeita. Parabéns ao querido amigo Roberto da Silva pelo empenho, pela paciência e argúcia de pesquisador e pelo estilo com que elaborou essa preciosidade.


Felizes somos por usufruímos dessa enriquecedora leitura.

Jania Souza

Poeta, Escritora e Artista plástica

Contemplada com o Prêmio Nísia Floresta 2020 – Fundação José Augusto e Prêmio Clarice Lispector – Melhor Livro de Biografias 2021 – ZL Books com sua obra “Pioneiras”

O que estão dizendo sobre o livro ?

O livro Jean Mermoz do escritor e pesquisador Roberto da Silva tem a capacidade de levar o leitor a uma agradável viagem através da vida desse fantástico e sensível aviador-poeta francês.

Desbravador de horizontes, ele encantou o mundo com suas façanhas sobre desertos, oceanos, florestas, cidades, sobre o desconhecido, deixando à humanidade uma lição de amor, coragem e compreensão às limitações do homem e a ousadia do correio aéreo em hidroaviões.

Roberto da Silva nos faz vivenciar, em uma rica escrita, a incógnita desse homem fantástico, que amava aventuras, mas principalmente amava o ser humano, embora também apreciasse a solidão em seus momentos de introspecção.

Minhas felicitações, Roberto da Silva, pela sua magnífica obra Jean Mermoz. Recomendo.